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6ª CRE: Feira de Ciências teve 95 projetos apresentados em três dias

Dos 100 projetos selecionados para a Feira de Ciências – Inovação e Sustentabilidade -, 95 foram apresentados




Dos 100 projetos selecionados para a Feira de Ciências – Inovação e Sustentabilidade -, promovida pela Universidade de Santa Cruz do Sul, em parceria com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação e com apoio do CNPq e MCIT, 95 foram apresentados de forma remota entre os dias 20 e 22 de outubro. Eles vieram de 48 escolas estaduais de 17 municípios da região, além de duas escolas municipais e uma particular. Conforme a coordenadora do evento, Cláudia Mendes Mählmann, “esse foi um ótimo resultado e superou as expectativas quanto ao número de apresentações, uma vez que havia a possibilidade de menos trabalhos serem apresentados em vista de dificuldades com o acesso à internet e de disponibilidade de horário”.


Ela considera que, pelo fato de as apresentações terem sido realizadas todas no remoto, por um lado isso facilitou, possibilitando aos alunos o acesso a partir das suas casas ou das escolas, enfim onde estivessem. Mas, também trouxe algumas dificuldades porque, em algumas localidades, o sinal da internet é muito fraco e as apresentações não conseguiram ser realizadas como o esperado. “Isso envolveu mais tempo para além do previsto porque o sinal da internet não se mantinha constante, impedindo a projeção do trabalho e o material que os alunos tinham preparado. Mas, foram poucos casos.”

Cláudia Mählmann avalia, no entanto, que de forma geral a participação no remoto foi bem interessante porque facilitou o acesso de parte dos interessados. Mesmo com as apresentações concluídas, nada impede que os projetos sejam conhecidos de todos porque o vídeo de cada uma das 14 sessões pode ser visto no Youtube pelo link www.youtube.com/channel/UCYPmSwzVhE5XUFBL2E_BXCg.



Qualidade dos projetos

Ao fazer uma avaliação dos projetos apresentados, a professora reitera a qualidade de cada um, além de demonstrar a preocupação e o envolvimento com o tema do evento - inovação e sustentabilidade – que esteve presente em quase 100% deles. Igualmente, “foram trabalhos de riqueza única, alguns bem característicos dos locais onde as escolas estão inseridas. Percebeu-se a satisfação dos estudantes de apresentarem seus projetos e o orgulho dos professores desses alunos que realizaram estes trabalhos com tanta dedicação.”

Ainda com relação à qualidade, Cláudia Mählmann lembra que isso foi verificado a partir da aplicação e utilização do método científico, testando hipóteses, encontrando resultados, além de pesquisas ainda em andamento, que envolvem bastante tempo e dedicação. Ela observa que “havia projetos voltados para resolver um problema específico da comunidade, de melhoria de sua qualidade de vida, de tornar a comunidade mais feliz e mais unida nesse período pandêmico. Criatividade não faltou a estes trabalhos e mostrou jovens preocupados com assuntos sensíveis e sérios.” Ela ressalta que “todos os trabalhos foram muito bons: esta é uma opinião de toda a comissão organizadora que participou destes três dias de apresentações”.

Os responsáveis, em parte, por essa qualidade foram os professores orientadores. De acordo com Cláudia, eles incentivam seus alunos e envolvem a comunidade escolar. “Eles são, na realidade, a parte central do desenvolvimento do trabalho. Eles são os atores que incentivam, ajudam, apoiam, ensinam e promovem a aprendizagem.” Junto a isso esteve a ação coletiva na maior parte dos projetos. Inúmeros deles envolveram turmas inteiras ou vários anos da escola.

Além dessa observação, a coordenadora da Feira de Ciências sinaliza que muitos projetos eram ideias construídas pelos alunos e outras vinham de atividades desenvolvidas em sala de aula. Na hora das apresentações, refere Cláudia Mählmann, “percebia-se a satisfação deles de estarem ali apresentando o que fizeram, aprenderam e desenvolveram nos seus trabalhos. Essa percepção de satisfação também se refletia em nós, em quem estava ali participando como organizador do evento, como coordenador de sala e avaliador de projetos”.

Novas etapas

Com as apresentações finalizadas, a Feira de Ciências tem ainda etapas a serem cumpridas. Como explica a professora, “agora vamos elencar os trabalhos destaques desta edição. São três por categoria, conforme está previsto no nosso regulamento. A primeira categoria é o Ensino Fundamental Anos iniciais – de 1º ao 5º ano; a segunda, Ensino Fundamental - anos finais – do 6º ao 9º ano; a outra é o Ensino Médio; e a quarta é o Ensino Técnico.” A partir dos destaques, os alunos de Ensino Médio e Técnico premiados terão a possibilidade de atuar em projetos da Universidade até janeiro de 2022. E para os destaques do Ensino Fundamental serão disponibilizados cursos, capacitações e oficinas. Após esse momento, diz Cláudia Mählmann, “temos ainda que organizar os resumos para os anais do evento a serem publicados no site da Feira. Quanto aos trabalhos destaques, vamos ter a edição de um e-book com o projeto completo”.

Texto: Hélio Afonso Etges

Ainda, as assessoras da Divisão de Políticas Específicas em Educação, Graziela Maria Lazzari e Mariluci Prestes Moraes Trinks, o trabalho com a Metodologia de Projetos é uma prática constante e recorrente da 6ª CRE, afinal desde 2016 são oferecidos cursos de formação continuada de professores com Metodologia de Projetos e Educomunicação, cuja culminância era a Mostra Regional de Projetos. “Estamos capacitando nossos professores muito antes da pandemia, porém, com os entraves da situação o curso precisou ser no formato virtual e a parceria com a Unisc nos possibilitou a mostra de projetos em uma Feira Estadual de Ciências, revelando o potencial de escolas protagonistas e que lutam por uma aprendizagem significativa. Nossos professores sempre foram inovadores, e agora, mais do que nunca, usam as metodologias ativas e o recurso de trabalhar com projetos como ferramenta em sala de aula, fortalecendo e enaltecendo as aprendizagens essenciais, finalizam.